terça-feira, 1 de julho de 2014

Mais um sentimento diário

Nasci para amar. O amor me preenche todos os poros. É meu ópio, meu vício. Encontrei ele. Nos dias em que estamos perto mas estamos longe, naqueles dias comuns em qualquer dia de qualquer casal, parece que a felicidade escorre pelo rosto. É como se um sorriso fosse um esforço desmedido. É um medo de não sentir mais aquele ópio, de só sentir tristeza. E é por não querer sentir tristeza, que a sinto. É uma tristeza leve que leva a companhia revoltada de meu ego. Assim, meu ego tenta de todas as maneiras me convencer de que é tolo sentir isso ou que tenho toda razão em sentir. Deve ser por isso a maioria das mulheres facilmente sentirem um amor muito maior por seus filhos do que pelo pai deles. Por eles, você pode sentir todo o amor dessa vida, por eles você pode naturalmente se sacrificar, cair na tristeza ou na alegria. Ninguém te condena, nem mesmo você. É maior que você mesma. Só depois quando vazio o ninho fica, parece que se dão conta que se perderam de si. Alguém, aquela pessoa que também era você ficou pra trás. Lentamente você se vê seu reflexo e não acredita que aquela pessoa é você. E é você. E sou eu. Com todas minhas nuances, ainda que eu aceite a maioria delas. Não há um só dia que eu não me pergunte: quem sou eu? até onde eu sou eu?

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