segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Das profundezas do desejo, o pedido, a confissão...

Seus olhos inocentes, de repente incendiavam os meus, carentes. Perdoe-me, pelos meus pensamentos. Eles desvirtuam tua doce pureza, ainda que aqui dentro. Não é nada de insano, muito menos, puritano. Porém e contudo, não deixo de querer tocar-lhe os lábios com os meus, e apenas sentir tua pele arder na minha. Não posso, nem deveria deixar de oferecer-te minhas mãos para que no teu rosto pudesse expressar com gosto, tudo o que meus olhos veem no céu e não param de querer ver na terra. Não me condenes pelo que te oferto, apenas me compreenda, não é de todos os dias a sorte de se encontrar um olhar inocente para os meus. Sorrio sem jeito para você, só por que não sei se consigo me esconder por trás de tanto desejo meu. E se eu chegar perto de mais de teus braços, não hesite em me abraçar junto ao calor de teu peito, pois será quando mais eu irei arder em ti, sem queimar mais do que a mim mesma. E a minha pele é o limite e a tua, a tua. Mas minha boca e a tua, as minhas mãos e as tuas, farão de suaves a fortes labaredas o nosso amor. E então serei tua e não mais terei que esconder-te nada, meu próprio vício no teu calor, além do meu próprio desejo intenso de não te deixar escapar de meus lábios ... e braços... e apertos e amarros. E então será assim que te libertarei do meu corpo e tu, de mim, do meu.

Ler ouvindo: Elephant gun - Beirut